FLAGELAÇÃO DOS FILHOS DA PERDIÇÃO

Ó filhos da perdição

A comer o lodo e enxofre

Das paredes duras do Tártaro

Envoltos em cobertores de chamas,

Valeu a pena ser um pecador pleno?

Aí nas profundezas sulfurosas

Apodrecendo as suas carnes vis

Acham-se no prazer absoluto?

Qual o gosto desta sopa de azar?

Com seus buchos inchados, línguas cortadas,

Olhos furados, tímpanos surdos, tato intacto

Para sentires a pura dor da flagelação em rendição

Ao bem que será dado pela penitência e expurgação,

Enfim, se veem os sacos corruptos que um dia foram?

Ó filhos da perdição, contem-me, contem-me tudo.