Fecha-se Afora
Na janela do hospital...
Vejo a vida passar...
Dentro e fora...
Aflora...
A distancia...
Na energia humana frágil...
A tecnologia falha...
O celular diminui, mas afasta...
A voz acalma, mas distancia...
A presença da voz descreve seu desenho...
A saudade esboça a silhueta...
E o branco sua cor...
Nenhuma flor...
Somente parceiros de dor...
Senhoritas poetisas redesenhando em seus gestos...
O livramento...
Por um momento...
A doença do corpo...
Em suas almas a fragilidade fria e calma...
Incondicional, real impotência...
Os dias engolem os dias, e as noites fazem suas digestões...
A porta abre-se adentro...
Fecha-se afora...