A Janela
Já não sei por quantos jardins eu passei
Quantos encontros filtrados
Por mente e coração já realizados
Tais laços cortados e findados ao seu tempo.
Não sei quantas mortes
quantos Beijos desfeitos
quantos abraços não sentidos...
Insensível ao invisível dos atos da luz.
Saudade.
Corpo morto
Com vida na alma
Atrelada à outra pessoa
Objetiva o partilhar do consolo e
o simples anseio por paz.
Choro calado no peito
Reciclado junto ao lixo
Produzido pelo morto e
Por seu amigo vivo
Acelera o batimento do vosso:
"Até logo!"
Seu imprevisível encontro
Na isolada saudade amada
Por quem ficou em devaneios
Satisfazendo o envolvimento da espera
Há de se sorrir quando partir
Para o outro lado da janela!