MADRUGADA
São três horas da manhã
Não sei se existe
Essa coisa chamada sono
Chove lá fora
Dentro de mim
Uma ausência insiste
Em se perpetuar
Na minha memória
São três horas da manhã
E eu trombando com o passado
Fico imóvel tecendo os fios
Que me levam
A um labirinto onde espero alcançar
O sonho ou o sono.