O BLACK DA CORAGEM
O BLACK DA CORAGEM
14out16
Um bar no fim da noite, vazio e malcheiroso,
A cabeça doía por tantos pensamentos.
Na mesa um Black falso clamando por um corajoso.
Na mão o copo vazio com oscilantes movimentos.
Entre os dedos um Malboro de filtro esponjoso,
que ponho fora por ser bengala de sentimento.
Encho o copo com o liquido amarelo espumoso,
refletindo o rosto dela e o batom como ornamento
E trago à boca como num ardente beijo carinhoso
E com paixão sorvo de um gole todo o meu tormento.
A noite se vai e com ela todo o Black pouco honroso
Que levou com muitos goles o meu arrependimento
Por ter ouvido a palavra em um tom escabroso
Vá embora que você só me traz sofrimento.
Geraldo Cerqueira