O Delírio na Tela
O Delírio na Tela
Ah! Loucura que me impeles no infinito,
Que me roubas as ideias e me tiras o sentido,
Que me fazes amar o olhar da minha Lua,
Que fazes o cantar da Sereia e me tomas como tua,
Loucura que me mostra os movimentos da tua boca,
E me faz pensar em te prender, nesta braçada oca,
Que me tira a saliva nos milhões de beijos,
E pinta ao rubro os meus desejos.
Ah, como me fazes a respiração ofegante,
E me trasformas as horas do dia em ser mutante,
Essa tua energia quando me chegas com o luar,
E fazes cartas ao Pai Natal com teu rápido dedilhar,
Ou acendes tua iluminação festiva,
E desenhas beijos e agentes secretos às ordens da minha diva,
Fazes o balançar das ancas da tua súbdita oferecida,
E reclamas dos exageros e da sua postura altiva.
Nenúfar 25/7/2007