Puro?

Olhai os lírios do campo;

Olhai os outros, também.

Aqueles sem acalanto,

Os desnudos de vintém.

Os negros, rara beleza,

São de um encanto sem par...

Só os brancos têm pureza?

Não, não se deixe enganar!

A cor não dita a decência

Dos lírios nem dos humanos.

Em todos, a inocência

É manchada por enganos.

A lama negra do campo

Não macula a branca flor?

O negro alimenta o branco

Com suor do seu labor!

Onde reside a pureza?

A inocência, onde mora?

Se o branco é cego à tristeza

E explora o negro que chora?

Olhai os lírios do campo,

Da favela e da cidade.

Toda cor tem seu encanto!

Fuja às garras da maldade.

(Verônica Marzullo de Brito - 15/10/2016)

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Verônica Marzullo de Brito
Enviado por Verônica Marzullo de Brito em 17/10/2016
Reeditado em 28/10/2016
Código do texto: T5794028
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