CATERINE...

CATERINE...

Caterine então tramou com

o vento da janela que vinha

descendo lá de cima criando

outro ambiente repleto de louvores

aos senhores da ordem belica

estou em socorro podem ajudar...

...minha culpa consegue ser surda

ela me ouve contínua iludida

eu fui desafiada não havia ninguém

pra comprar minha comida estragada

minha desleixada vida rasgada

da história do lixo que plantam

pra ser o mais lindo bem estar

covardes diante do conflito

apaga as luzes de então

que logo provoca um rito

sai caminhando pela rua

quer ser a nua vagante oferecida

mais do que uma bebida

toma vertigens como sonhos puros

Caterine envergonhe o suicidio

não ofereça teu corpo ao colérico

ele só quer tua vítima

tua alma íntima dominada

paginada nas forças do culto

atroz da liberdade feminina

Caterine aonde vão os calores

destas dores que estão no chão

despedaçados cheirando a morte

não quer mais vê-los

veste a roupagem da encarcerada

agora de plena mentira

não sente mais nada

Caterine o vão da escada

está deslizando óleos misturados

com olhos que te veem subindo

teu vestido dissolve-se em cada passo

vai querer tomar conta

do que acontecer lá em cima

já comeram da virgem...o tempo te entrega!

MÚSICA DE LEITURA: SQÜRL - Only Lovers Left Alive