ROTINA
ROTINA
Vive-se a rotina
Que a vida não mina
Quão belos são
Os momentos de azulão
De um céu que não é ilusão
De um sol de uma lua
Da amada nua
Impossível não tê-la
No brilho de estrelas
De raios e trovões
De pingos aos montões
A beleza de gente pequenina
Menino ou menina
Que crescerá rotineiramente
Em mudanças previsíveis
Em muitas raízes
Em sementes, flores e frutos
Que rotineiramente são desfrutos
Da vida que segue
Dia após dia
Em incansável poesia
De versos em lugares comuns
Estranhos nenhuns ou alguns
Que estranhamente
Enchem-se da rotina
Enxergam neblina
A cada passagem
E na grande viagem
Passam a procurar a ventura
Esquecendo-se que
A grande aventura
É divina
Sabendo desfrutar
Da rotina