ROTINA

ROTINA

Vive-se a rotina

Que a vida não mina

Quão belos são

Os momentos de azulão

De um céu que não é ilusão

De um sol de uma lua

Da amada nua

Impossível não tê-la

No brilho de estrelas

De raios e trovões

De pingos aos montões

A beleza de gente pequenina

Menino ou menina

Que crescerá rotineiramente

Em mudanças previsíveis

Em muitas raízes

Em sementes, flores e frutos

Que rotineiramente são desfrutos

Da vida que segue

Dia após dia

Em incansável poesia

De versos em lugares comuns

Estranhos nenhuns ou alguns

Que estranhamente

Enchem-se da rotina

Enxergam neblina

A cada passagem

E na grande viagem

Passam a procurar a ventura

Esquecendo-se que

A grande aventura

É divina

Sabendo desfrutar

Da rotina

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 16/10/2016
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