Natividade
Sou a identidade presa...
Sou a aparência bela...
E horrenda para quem não acredita...
Quanto mais eu ando, fico esquecido...
Sou o sorriso e dele a lágrima me derrete...
O frio circula em mim, e aquecido sou...
Sou o mundo na concepção...
O inferno na ilusão...
Por mais carente que eu seja, abandonado pareça...
Mostro-me...
E nunca lá estou...
Sou todas as idades, e geralmente minha juventude é idosa nos corações...
Jogado sou passado...
E quando sinto, levanto-me e sigo num forte abraço amigo...
Marionete do ego...
A valsa negra da paixão...
Sou um alerta, mas sou simplesmente carente...
Explorado...
Magoado ainda fico estampado naquilo que nunca fiz...
Sou cortado ao meio...
Sou o miolo ardendo...
Sou a febre e nunca a melhora...
Sou a peste que impregna...
Sou o bem que contagia...
O que realmente sou?
Sou o sincero amor...