Natividade

Sou a identidade presa...

Sou a aparência bela...

E horrenda para quem não acredita...

Quanto mais eu ando, fico esquecido...

Sou o sorriso e dele a lágrima me derrete...

O frio circula em mim, e aquecido sou...

Sou o mundo na concepção...

O inferno na ilusão...

Por mais carente que eu seja, abandonado pareça...

Mostro-me...

E nunca lá estou...

Sou todas as idades, e geralmente minha juventude é idosa nos corações...

Jogado sou passado...

E quando sinto, levanto-me e sigo num forte abraço amigo...

Marionete do ego...

A valsa negra da paixão...

Sou um alerta, mas sou simplesmente carente...

Explorado...

Magoado ainda fico estampado naquilo que nunca fiz...

Sou cortado ao meio...

Sou o miolo ardendo...

Sou a febre e nunca a melhora...

Sou a peste que impregna...

Sou o bem que contagia...

O que realmente sou?

Sou o sincero amor...

CARLLUS ARCHELLAUS
Enviado por CARLLUS ARCHELLAUS em 16/10/2016
Código do texto: T5793459
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