sumo

danço e pulo

na cara desses fela da puta,

rio de meus desejos, traças que

silencia a verdade, onde

guardei aquele endereço

essa casa, mal conheço,

sobrenatural

é essa escada de penúria

por que sofre tanto?

angustia

angustiando as coisas

as faces,

angustia que angustia

o mundo, sua cara metade

seu garfo, sua faca

seu prato entulhado

de metralhadoras e fogo,

porque goza tão pouco?

tanta janela fria, tanto vaso

vazio? alguém já perguntou?

creio que o nada seria a resposta,

mas quem aguenta

carregar um fardo sem nome?

vão se os anéis ficam os

dedos, pensamento e memória,

a mesma laia, grude que não

deixa, silenciar o torpor, eis

a receita dos moços de branco.

é o mesmo casco

o mesmo engasgo

alguém sabe onde fica o outro

endereço? esse, mal conheço,

Andrade de Campos
Enviado por Andrade de Campos em 15/10/2016
Reeditado em 15/10/2016
Código do texto: T5792857
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