FALAR GREGO
Parece que falo grego.
Mas não falo!
Então eu me calo,
dou uma de surdo e fico no meu sossego.
Cansei!
Não quis mais ouvir abobrinha.
Fiquei na minha e desconversei,
para não pirar na batatinha.
Fujo da confusão,
vou pra feira e como um pastel,
cujo tempero parece um coquetel,
E tomo uma garapa, com limão.
Que delícia, fala sério!
Pastel, garapa e solidão!
E sem nenhum revertério!
Eta mundo bão!
Mas a vida não é tão fácil não.
Pergunto quanto pago ao japonês
e ele me responde com sotaque de camponês:
- Parakalô nerô? Simples assim!
Na dúvida, digo que sim,
pego a carteira e pago o dimdim.
E volto para a realidade,
da torre de Babel desta minha cidade.
https://youtu.be/koAxYxDiono
Katai - Moacyr Franco