FALAR GREGO



Parece que falo grego.
Mas não falo!
Então eu me calo,
dou uma de surdo e fico no meu sossego.
 
Cansei!
Não quis mais ouvir abobrinha.
Fiquei na minha e desconversei, 
para não pirar na batatinha.

Fujo da confusão,
vou pra feira e como um pastel,
cujo tempero parece um coquetel,
E tomo uma garapa, com limão.

Que delícia, fala sério!
Pastel, garapa e solidão!
E sem nenhum revertério!
Eta mundo bão!

Mas a vida não é tão fácil não.
Pergunto quanto pago ao japonês
e ele me responde com sotaque de camponês:
- Parakalô nerô? Simples assim!

Na dúvida, digo que sim,
pego a carteira e pago o dimdim.
E volto para a realidade,
da torre de Babel desta minha cidade.














https://youtu.be/koAxYxDiono

Katai - Moacyr Franco











 


 
Wilson Madrid
Enviado por Wilson Madrid em 15/10/2016
Reeditado em 15/10/2016
Código do texto: T5792268
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