Busca
Sob meus cobertores
Jaz um corpo em sinestesia
E minh’alma? Onde caminha?
Vai direto ao encontro das manhãs
Pés entrelaçados, buscam a vertigem do vôo
Finos dedos procuram na maciez da lã
O toque de aconchego
Que só tuas mãos puderam um dia me dar
Em busca de ti, encontro a mim
Que faço eu, pela metade?
Cabeça restaurando forças sobre o travesseiro
(eterno companheiro de choro e riso na madrugada)
mas a mente volita longe buscando sonhos
descanso o corpo mas, ao alvorecer,
refaço o roteiro dos sonhos
em meio a inabitado caminho de escombros