Ouro e Prata
OURO E PRATA
Não almejo ouro.
Nem desejo a prata.
Faz-me necessário, apenas sobreviver.
Mesmo que eu viva, numa choupana.
Coberta por sapé e paredes de lata.
OURO E PRATA.
São tesouros valiosos.
Devaneios... Ilusórios.
Dar-nos, um falso poder.
Poder esse, que não idolatro.
Pois efêmera, a vida o é.
Apegarmos em demasia.
Ao ouro e a prata.
Tornamo-nos, escravos,
Do próprio teatro.
Somos seres inteligentes.
Pseudo inteligente.
OURO E PRATA
Torna-nos, seres arrogantes.
Por deveras ignorantes.
OURO E PRATA.
Faz-se necessário, na dose exata.
Não seja por ele, dominado.
Quando partires, nada levará...
Talvez...
Nem saudade deixará.
Adilson Poesia