bem ela sabe
mal ela
sabe que a imaginação
é tão real
quanto a verdade,
que noutra noite
fodi sua boceta com toda
vontade, ela não fugia
nem fingia, dava, se abria
como aquele mar vermelho
e eu atravessava com uma cajado
viril, e eu a montava em coro vivo
sem proteção ou sela e que conforme eu andava
suas pompilas dilatavam, suas unhas
me cravavam, gemidos, grunidos, abafamento
água viva aquecida
não via a santa, a madre, a covardia
somente um bosque de coragem, o densa
saliência se fazendo indecência, sino luzido
subindo a ladeira, doce, um doce, uma faca
um corte, um horizonte negro, o desejo esfacelando
as paredes, mal ela sabe, bem ela sabe...