fatalismo
numa margem em que
a juventude quer
ir embora, que,
de tanto murro
se acovarda, onde
se ensinam a fazer-se de
muros, em vez de moradas,
que rio correm livre diante
de tanto sufoco, em que
cada janela é uma ameaça?
quando a criança esperneava
ganhava um doce, ou o passeio
daquela semana, não se grita!,
é um homem? ou uma moça?
revolta não vale um centavo nessa
terra de demônios, em qual face
desses capatazes pegamos as
verdades? será que alguma respira?
tem coração? sabe do labirinto do lado?
acaso se por com suas razões á
beira da torre, serás condenado
como um louco, terá tua ração,
tuas visitas semanais, receberá suas
cartas, e terás uma vida por uma
perspectiva dada, quem sabe isso te agrade,
e terás o tempo em tua mão, outra forma
de maldade,