dança de margem
nesse intervalo em
que a vida se dá em
mim, ruluzente pedra
lapidada
á janela que se abre ao
toque dos dedos que se
desdobram ao close do
sol, rio de barbatanas
nos levando nos vales á
baixo,
o silêncio
nasce com o mundo, não
sou eu, nem esse lugar de
pouso que faz o poema, é
a dança de dois pontos distintos
duas margens que explodem
em palavras,