dança de margem

nesse intervalo em

que a vida se dá em

mim, ruluzente pedra

lapidada

á janela que se abre ao

toque dos dedos que se

desdobram ao close do

sol, rio de barbatanas

nos levando nos vales á

baixo,

o silêncio

nasce com o mundo, não

sou eu, nem esse lugar de

pouso que faz o poema, é

a dança de dois pontos distintos

duas margens que explodem

em palavras,

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 14/10/2016
Código do texto: T5791523
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