Hoje, Dia do Escritor, quero dedicar essa poesia a todos poetas e poetisas do Recanto, que como eu quando escrevem, molhamos a pena com as nossas lágrimas, seja de alegria ou de tristeza, adoçando a alma daqueles que lêem... Parabéns a todos...


E Agora Drummond?
 
Ao "seu" José de Ninguém
Deixaste a fama
Tornando-o leitura obrigatória
Sem pressão alguma
E "seu" José agora, já com sorriso amarelado,
Anda ainda a encantar até os menos velhos
Mas... Não te leio mais, ao menos... Triste
 
E agora Drummond?
Você não só deixou um nome,
Deixou os acordes da canção
Que acordava os homens, e
Adormecia as crianças,
Esqueceu-se poeta e adormeceu junto...
 
Deixou o tamanho do mar
Para a medida do amor,
Na cama, no beijo e na vida,
Baixou decreto eternizando as mães,
Deixou mil motivos para se morrer ,
Mas... Sem motivo partiu,
E não era de saudade...
 
E agora poeta?
Tem agora também no meu mundo grande
Essa pedra no meu caminho
Desgraçadamente para completar
Teu romântico trabalho, para você poeta
Faltava só uma letra
Para mim e muitos, falta faz
Hoje o romantismo em todas as versos
 
E agora Drummond?
Não encontro nem teu bonde
Nem mais tua esperança
Na diversidade das poesias
 
Culpo-te poeta com toda razão de te acusar
Tenho posse também
De duas mãos apenas,
Pois o sentimento tu levaste
E cá me encontro sem razões
De amor ler
 
E agora Drummond?
A tristeza de Deus foi te encontrar
O mundo Dele fora criado
Para que tuas palavras
De poeta não se impregnassem nunca no sono eterno...
ziza Silvestre
Enviado por ziza Silvestre em 25/07/2007
Reeditado em 26/07/2007
Código do texto: T578859
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