IMAGINARIO

(Sócrates Di Lima)

Sou uma janela aberta,

Numa casinha de sapé,

Indicado na estrada da vida por uma seta,

Numa longa caminhada a pé.

Uma silhueta perdida,

No portal da vida...

Pássaro em céu aberto,

Ícaro, longe do Sol do meu deserto.

Minha alma é vento,

É névoa, é pluma...

É livre pensamento,

Vivendo da saudade, em suma.

Imaginário eu sou...

Estou na mente de uma alma nobre,

Nesse pensamento eu vou,

Em outro, prata e cobre.

Sol da meia noite,

Lua do meio dia,

Chuva em vento e acoite,

Retratado colorido na poesia.

Em sua memória, sou Imaginário....

Como uma lenda contada,

Verso extraordinário,

De uma poesia recitada.

Vivo de sonhos e encantos,

De olhos e olhares, imagens coloridas,

Banhadas em brisas e cantos,

Vozes silenciosas de saudades amanhecidas.

Sou céu de fim de tarde....

De quem de sua janela vê apenas o necessário,

E de longe chora sua tênue saudade,

Do Eu poeta, um amor pra si, imaginário.

Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 11/10/2016
Código do texto: T5787976
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