Intempéries de um amor

Como a sombra de nuvens carregadas

Anunciando um desvario

Me pego reescrevendo você.

Pensamento súbito

Avisando iminente tempestade

Traz suas soltas ventanias à me envolver

E com seu negrume manto da saudade

Deseja-me enlouquecer.

Fecho os olhos,

E percebo que a garoa ainda cai

E nos mais sombrios vales do coração,

Avisto o soturno algoz

E seu amor como grilhões.

Embalado no crepúsculo de cores gradientes,

Ah! O rastro insipiente!

Do ódio profundo e envolvente

Porque simplesmente o amor é demais.

E no cair do orvalho

Como brilhantes gotas de esperança

Derramando sobre a cólera

Do mais profundo íntimo

Há de vir a bancarrota

Todo esse infausto desatino.

Larissa Moreira
Enviado por Larissa Moreira em 11/10/2016
Reeditado em 11/10/2016
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