Alfaiate

Era uma vez
Numa cidade pacata
Um alfaiate desatento
Em uma noite de relento

Durante muitos anos
Fama conquistou
Mas a cobiça
Seu talento cegou

Caído e desesperado
O pobre homem ficou ajoelhado
Implorando por mais uma chance
Faria tudo que estivesse ao seu alcance

Ao chegar em casa
Encontrou sobre a mesa
Uma caneta
Ora, em todo planeta
Por que uma caneta?

Sentou-se
Pensando sobre tudo
Encontrou um papel
Próximo da janela
Olhando para o céu

Começou a contar
Sua história
Sem inventar
Qualquer glória

Afinal
O talento
Nunca havia o deixado
Esteve ali, acorrentado
Preso por hora
Aguardando a aurora.


 
Johan Henryque
Enviado por Johan Henryque em 10/10/2016
Reeditado em 10/10/2016
Código do texto: T5787600
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