O NADA
As vezes, nem somos nada,
Mas tudo nos aborrece
A poeira da estrada, o dia que anoitece
A chuva molhando a grama, o sol que tanto aquece
O riso alto do lado, a alegria que acontece
A folha que caiu, a nuvem desaparece
Sair na madrugada, o emprego que aborrece
As vezes, nem somos nada,
A gratidão nem acontece.