PREFIRO FICAR SÓ

Eu não quero vê o eclipse da lua

Eu não quero vê o quanto da minha solidão

Tampouco não quero chorar na rua

Prefiro calar-me perdido entre multidão

Longe de todos e de tudo que um dia foi meu

Já não me sinto assim tão destemido

Algoz do que um dia me pertenceu

Carrasco infame, solitário e ferido.

Asas para que as quero

Sentido que já não sinto e nem espero

Se voar já não importa

E se um dia alguém bater à minha porta

Com certeza não é a mim que procura

E sim uma alma desencantada e insegura

Múcio Amaral da Costa
Enviado por Múcio Amaral da Costa em 10/10/2016
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