SENTINDO O ESCREVER
O vento balança os cabelos
na lírica da prosa
que vem pelos extreitos
linguísticos da alma.
Verbos vem declinando
nas ondulações dos versos.
A sensibilidade vem imaginando
para expor sentimentos sofisticados ou não.
Às vezes os ventos uivam com intensidade
e os fios dos cabelos se agitam,
na valsa acelerada das palavras com autenticidade.
O desejo de escrever grita alto.
O embalo do soar alucinante
cria-se num repleto clima poético.
O amor,a saudade e a alegria eminente.
A desilusão,a ilusão e todas as emoções.
Viajar pelas estrofes e rimas
é como ir além de um olhar apaixonado.
O toar dos ventos sílábicos com enigmas
apelam para o desejo da escrita.
O clímax geralmente vem de noite,
quando os elementos da semântica
não deixam dormir o coração em deleite
de um ser que escreve na pulsação dos batimentos cardíacos.
Ventos acelerados e calmos das letras
que sempre transbordam os dizeres.
Assim é e sempre será as escritas
de poetas e poetisas audazes.