SOU DO AMAZONAS, SOU MANAUARA

Sou do Amazonas, sou manauara,

Terra dos papagaios e das araras,

Tenho minha Ponta Negra, negra como a noite,

A noite dos poetas e das baladas,

Onde mergulho meus sonhos, anseios e desejos.

No aconchego dos domingos ensolarados,

A rotina é tomar um delicioso café,

Ao pé da mangueira ou jaqueira bem de manhã,

Saboreando meu pé de moleque e uma deliciosa tapioca,

Recheados com nutritivos pupunha e tucumã.

Depois dá um prazeroso passeio no Mercado Adolpho Lisboa,

Onde ervas milagrosa curam o que não tem cura,

Sem esquecer do jaraqui, tambaqui e tucunaré,

Eles dão ao almoço um toque saboroso,

Pra completar, o açaí e o buriti, as sobremesas baré.

À tarde uma visita ao majestoso Teatro Amazonas,

Templos dos Deuses da era áurea da borracha,

Onde se assiste admirado nosso grupo Imbaúba,

Acompanhado pelo nosso Torrinho, ídolo da terra,

Homenageando nosso altivo Porto de Lenha.

Para continuar este tour, o encontro das águas,

O negro e o barrento em uma eterna luta de gigantes,

Colossal como nossa floresta, impenetrável, o pulmão do mundo,

Defendida ferozmente pelas lendárias Amazonas,

Sou orgulhoso morador de Manaus, terra dos Manaós.

À noite, iluminado pelo prateado luar, luar do sertão,

Nossa encantada Arena, templo sagrado do futebol,

Formato inconfundível, um paneiro estilizado, símbolo regional,

Instrumento indispensável dos povos da floresta,

Onde carregam suas esperanças de uma terra intocável.

Não esqueçamos do imponente Palácio Rio Negro,

Outrora sede e centro do poder que governava,

Pelos belos pisos brilhantes de madeira de terra firme,

Grandes bailes varavam as madrugadas, nutriam paixões,

Decisões, cochichos, entremeavam seus encantados salões.

Ricardo Nunes de Sales
Enviado por Ricardo Nunes de Sales em 08/10/2016
Reeditado em 09/10/2016
Código do texto: T5785660
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