INFÂNCIA ROUBADA
Quando criança fugi de casa
Meus pais brigavam muito
Meus sonhos queriam voar
Resolvi então, de lar mudar...
Fui pra longe onde o fim existe
Onde as pessoas são artificiais
Peguei carona com a vida triste
Criei amigos, todos marginais...
Desesperada, sem grana e com vícios
Matei um homem por um mísero cigarro
Foi na consciência, plantado os suplícios
Meus amigos, todos me tiraram sarro
Dizendo de q'eu era apenas uma criança
De que nada valeria tanto ter esperança
E assim cresci, c' meus pecados de outrora
Hoje, agradeço ao destino, o que sou agora...