nas águas do temporal
Nas águas do temporal
Quando as águas desobedecem
Afogam-se detritos e meninos,
Confundem-se coisas e abrigos
A um cão passeando sua fome,
Nesta lixeira que deixou-se levar
Nessas imensas águas temporais
Habitações perdidas nas beiras
Retratam a fragilidade rasteira...
Confundem-se nessas incertezas
Das violentas águas temporais,
Levadas muradas e betoneiras...
Quando as águas desobedecem
São gentes cuidadas feito coisas,
São coisas cuidadas feito gentes...
sergiodonadio.blogspot.com
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