Gárgula

Quem vai güentar?... Essa carga negativa,

Cem mil ogivas... De raiva e lamúria.

Nada de zen-budismo, ioga,

Voltei tipo Michael Douglas... Em “Um Dia de Fúria”.

Há muito salivava lava,

Não medirei palavra... Esfaquearei com meu lápis.

Quem pra ser grande faz média,

Espetáculo de comédia... Tipo stand up.

“O garoto que ia mudar o mundo”? Politicamente correto,

Com o reto... Na mão.

Como se estivesse tudo azul,

Agora é todo mundo cool... Cool,“coolzão”

Mas não desvio do assunto,

Pergunto... O que o frouxo não pergunta.

Pra garantir a verba,

“Marx” requebra... Mais que as duas Sheilas juntas.

Não só na cama do funk, axé, e arrocha,

Os inseguros dizem que fazem isso e aquilo.

To farto dessa conversa de brocha,

“Sexo verbal” também não faz meu estilo.

O galo canta com tom mais doce,

Que Roberto Carlos num transatlântico.

E Lulu Santos inda achou que talvez fosse,

O último romântico.

O pseudoesquerdista acusa a Globo,

De promover a alienação.

Mas ele faz o mesmo em dobro,

Guardando a devida proporção.

Dou-lhe duas, dou-lhe três,

Leiloa os “por quês”... Amarela com bandeira branca.

Nessa galeria das bocas escancaradas,

Mal encarada... Talvez só minha carranca.