Sofrência
Sofrência
Mais uma sofrência para o coração
Outra tentativa em vão
Cego por amor abri os braços
Estendi a mão.
Te peguei em meu colo
Dormiste em minha cama
Me entregando teu corpo
Sedento de amor.
Te dei carinho, palavras e afeto
E agora, me sentindo feito inseto
Mariposa em volta da lâmpada
Não vejo luz
Apagaste a chama
Como se apaga a vela
E a dor revela-se.
Vivo com a luz apagada
Num vai e vem feito jangada
A deriva... Sem cais nem porto
A mercê do vento, mas não morto.
Pronto para dar a volta por cima
Visto-me com trajes de alegoria
E converso com estrelas.
Vá embora da minha vida
Pela porta que nunca entraste
Foste uma traça, um traste
Uma decepção dolorida
Apago as lembranças corroídas
Pelo tempo.
Conheço o endereço
Se for castigo pago o preço
Da agonia e solidão.
É difícil no começo
O que restou se incumbe o tempo
De te levar com o vento
Para outros ares.
Meus olhos nos olhos teus
Não existe "Até logo", mas adeus!
São mares.
Tony Bahi@.