Sofrência

Sofrência

Mais uma sofrência para o coração

Outra tentativa em vão

Cego por amor abri os braços

Estendi a mão.

Te peguei em meu colo

Dormiste em minha cama

Me entregando teu corpo

Sedento de amor.

Te dei carinho, palavras e afeto

E agora, me sentindo feito inseto

Mariposa em volta da lâmpada

Não vejo luz

Apagaste a chama

Como se apaga a vela

E a dor revela-se.

Vivo com a luz apagada

Num vai e vem feito jangada

A deriva... Sem cais nem porto

A mercê do vento, mas não morto.

Pronto para dar a volta por cima

Visto-me com trajes de alegoria

E converso com estrelas.

Vá embora da minha vida

Pela porta que nunca entraste

Foste uma traça, um traste

Uma decepção dolorida

Apago as lembranças corroídas

Pelo tempo.

Conheço o endereço

Se for castigo pago o preço

Da agonia e solidão.

É difícil no começo

O que restou se incumbe o tempo

De te levar com o vento

Para outros ares.

Meus olhos nos olhos teus

Não existe "Até logo", mas adeus!

São mares.

Tony Bahi@.

Tony Bahia
Enviado por Tony Bahia em 06/10/2016
Código do texto: T5783235
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