DESCORTINAR
Minhas poesias
são os meus olhos
paralisados em sensações
que outros olhos não podem ver
independente de estarem
fixos nos versos.
Minhas poesias
são os meus olhos
paralisados em seduções
de corpos que se despem
em transparências imaginárias
que envolvem nus.
Minhas poesias
são os meus olhos
paralisados em perdições
de palavras que vestem arrepios
em pele desprotegida.
Minhas poesias
sem outros olhos
Nada são.