ilíria
do fundo das coisas
outras coisas se mostrando,
será a noite de bruço
afagando os vales mais profundos?
a razão não explica esse
pandemonho que fizeram da vida,
ornar a queda com flores
balsamo de lembranças nesse
presente carrancudo, ou ser
a noite na sua crueza mais
senil, gozo frustrado nesse
descampado raso de esperanças,
ainda lembro da primeira vez
que a vi, a primeira vez que
seu corpo passeava outro destino
que a alegria fez ponto no meu ventre;
depois cuspiu veneno na minha cara, mas quem liga
pra veneno quando a flor mais
bela foi posta pra fora? que as
tempestades sejam breves nesse
vale da vida