ilíria

do fundo das coisas

outras coisas se mostrando,

será a noite de bruço

afagando os vales mais profundos?

a razão não explica esse

pandemonho que fizeram da vida,

ornar a queda com flores

balsamo de lembranças nesse

presente carrancudo, ou ser

a noite na sua crueza mais

senil, gozo frustrado nesse

descampado raso de esperanças,

ainda lembro da primeira vez

que a vi, a primeira vez que

seu corpo passeava outro destino

que a alegria fez ponto no meu ventre;

depois cuspiu veneno na minha cara, mas quem liga

pra veneno quando a flor mais

bela foi posta pra fora? que as

tempestades sejam breves nesse

vale da vida

Andrade de Campos
Enviado por Andrade de Campos em 05/10/2016
Código do texto: T5782568
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