Imortal

Tua silhueta bruxuleia à luz de tochas...

não é de cera o rosto que me inspeciona

porquanto lá fora haja o negror das rochas

me aquieta o aconchego, a paz impressiona

Manipulo teus seios que me espicaçam

tuas pálpebras janelinhas que se fecham

no indomável despertar demais voluptuoso

ante o meu vislumbre deveras impetuoso

Sacio a sede dos beijos na tua fonte inesgotável

silencio mediante a tua nudez assaz escultural

meus sentidos desandam, mistério insondável!

emudeço perante o teu rito, provocante, sensual

Cruzamos nossos olhares em um ato concatenado

beijo teu ventre branco, macio, mármore celestial

afagas meu peito e, com o teu corpo amalgamado

a minha alma, tornas-me simplesmente imortal....

Rui Paiva
Enviado por Rui Paiva em 05/10/2016
Código do texto: T5782529
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