Imortal
Tua silhueta bruxuleia à luz de tochas...
não é de cera o rosto que me inspeciona
porquanto lá fora haja o negror das rochas
me aquieta o aconchego, a paz impressiona
Manipulo teus seios que me espicaçam
tuas pálpebras janelinhas que se fecham
no indomável despertar demais voluptuoso
ante o meu vislumbre deveras impetuoso
Sacio a sede dos beijos na tua fonte inesgotável
silencio mediante a tua nudez assaz escultural
meus sentidos desandam, mistério insondável!
emudeço perante o teu rito, provocante, sensual
Cruzamos nossos olhares em um ato concatenado
beijo teu ventre branco, macio, mármore celestial
afagas meu peito e, com o teu corpo amalgamado
a minha alma, tornas-me simplesmente imortal....