Sem Gosto
Dentro de mim estava sem substancia,
Sem vida e sem essência,
Sem flores e jardins,
Desencantada.
O sol se retirando para dormir,
Mas a insônia cruel me fatiga,
E a solidão me habita,
Destino inóspito.
Cruel era o convívio com os dias,
Uns dias que nada acontecem,
Dias pálidos que se arrastam no nada,
Como um vazio inoperante.
Como seria o amanhã,
Se o hoje se definia sem gosto,
Mas como seria eu mesma,
Assim sem satisfação.
Desencantava-me nas percepções,
Escolhas indefinidas e fugazes,
Estímulos sofridos,
Não havia sal e não havia açúcar.