Sem Gosto

Dentro de mim estava sem substancia,

Sem vida e sem essência,

Sem flores e jardins,

Desencantada.

O sol se retirando para dormir,

Mas a insônia cruel me fatiga,

E a solidão me habita,

Destino inóspito.

Cruel era o convívio com os dias,

Uns dias que nada acontecem,

Dias pálidos que se arrastam no nada,

Como um vazio inoperante.

Como seria o amanhã,

Se o hoje se definia sem gosto,

Mas como seria eu mesma,

Assim sem satisfação.

Desencantava-me nas percepções,

Escolhas indefinidas e fugazes,

Estímulos sofridos,

Não havia sal e não havia açúcar.

Teresa Cristina Monteiro
Enviado por Teresa Cristina Monteiro em 05/10/2016
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