Brinde

Quando havia tempo hábil não viu
Despertou no fim da viagem
Assustou-se com uma nova imagem
Perdeu toda a visão do caminho
Atrasou-se no desembarque
Foi se encontrar longe do destino
Deparou-se com fatos concluídos
Nadou todo o tempo contra a maré
No absurdo de uma incerteza clara
Chegou quando tudo já estava lacrado
Restou não mais que uma surpresa
O tempo passou e passou o tempo
Tempo gasto contemplando o vazio
Já não há mais disponibilidade
Causou cansaços por inutilidades
Sobras se tornaram prato principal
Parou diante do veloz e voraz querer
Um brinde a solidez da cegueira
Tim tim!