Do Labirinto
Vai destino, anda;
cumpre sua senda!
Sim, faz sol ainda;
mas o breu já ronda.
E ele vem grande
(contraste, entende?)
pra quem não se blinde...
pra quem não esconde.
Se vem perguntando,
também respondendo
num vir bem-vindo...
sem dor, sem assombro.
Abre a garganta
pra noite sedenta
beber toda tinta
do breu que desponta!
Já vem o instante
da sede luzente
luzir o que pinte
uma nova fonte
de luz sem espanto
de água sem vento
que, no labirinto,
encontre o ponto.
Torre Três
04-10-2016