2o Poema de Íris
Do fumo celeste
diviso o cerrado
diviso telhados
em que corações abrigados
sepulcram silêncios
Os jardins e as árvores
paredes de barro
janelas azuis
o cheiro da terra
suor e cobiça
labuta e preguiça
janelas secretas
Um mundo guardado
na penteadeira
De fronte ao espelho
um olhar perdido divaga
Entre sulcos e marcas
um rosto esquecido
conserva lembranças
sorrisos e gozos
Onde o negrume virou prata
e o castanho, cinza
a paixão contudo bem guardada
ainda é centelha
O tempo passou
mas ela não
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