LIBERDADE DAS COISAS MÓRBIDAS

Meditava, irritado, sobre a textura física da vida.

George Orwell

Sobre todas

As coisas mórbidas

A liberdade das coisas

Já passadas da vida.

Sobre o monte de carne

Deitada e amanhecida

Enraíza-se uma flor de textura estranha,

A conformação dos últimos sentires.

Enfim, pousada a mente no nada,

No nada germina e se estabelece, e ali,

Conhece, de verdade, pela primeira vez,

A liberdade da condição humana tecida

Livre da aspereza, da dureza, da rugosidade,

Da lisura, da porosidade, da maciez, da liquidez.