Andarilho
É me redescobrindo que permaneço
Em processado tom de calmaria...
Eis que transcendo e então aconteço
Levando na mochila punhado de poesia
Andarilho pregoando os versos meus
No chão calcinado a que pertenço...
Teço linhas sobre o amor, fé, o adeus
Trilho sinas alheias ao meu olhar intenso
Em minha companhia, astros e paisagens
E os pássaros que me servem de arautos
Vou contemplando novas, belas paragens
Aduzindo meus irmãos à fuga dos incautos
Quisera, todavia, que o meu singelo canto
Enveredasse o imo de todos os corações...
Pervagando os caminhos doces do encanto
Compartilhando mais e mais minhas emoções