Andarilho

É me redescobrindo que permaneço

Em processado tom de calmaria...

Eis que transcendo e então aconteço

Levando na mochila punhado de poesia

Andarilho pregoando os versos meus

No chão calcinado a que pertenço...

Teço linhas sobre o amor, fé, o adeus

Trilho sinas alheias ao meu olhar intenso

Em minha companhia, astros e paisagens

E os pássaros que me servem de arautos

Vou contemplando novas, belas paragens

Aduzindo meus irmãos à fuga dos incautos

Quisera, todavia, que o meu singelo canto

Enveredasse o imo de todos os corações...

Pervagando os caminhos doces do encanto

Compartilhando mais e mais minhas emoções

Rui Paiva
Enviado por Rui Paiva em 03/10/2016
Código do texto: T5780227
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