SANTA INOCÊNCIA - rogai por nós
Passou a vida a mentir
Pra si mesmo, a omitir
Fatos que até no porvir
Serviriam de provas impossíveis de redarguir
De todos os amores que teve
Nenhum para ele reteve
Mamãe recusava para o futuro presidente
Rapariga aquém de rapaz tão excelente
De vaidade em vaidade
Seguia fazendo a própria vontade
Homem cheio de impiedade
Pouquíssima fé, e muita iniquidade
Conquistava uma mulher
Traía com outra qualquer
Depois de ter o que se quer
Sair pro abraço e dar olé
Conquistador barato, arrogante, senhor filé
Segue humilhando e desfazendo, pois é
De uma aqui, outra ali, sabe como é
Macho de verdade usa, depois dá no pé
Acusa de perseguidora
Aquela que de seus filhos foi genitora
Preguiçosa , não cuidava do lar a segunda esposa
Dela mais dois filhos, apenas máquina procriadora
A primeira das três genitoras, ingênua, a coitada
Usada e dispensada
Até hoje, magoada
Mãe solteira desvirginada
Louca a ex namorada que coisas horríveis dizia
Depois do nada se arrependia
Aloprada, desequilibrada a ficante arredia
Que se dizia cartomante, e seu futuro previa
Por último, psicótica aquela que ele engabelou
Humilhou, desprezou
Por capricho e intransigência emprenhou
Sua vontade desrespeitou, e jamais se desculpou