Identidade Corroída
Através das prateleiras de uma livraria
Descobri em um volume, acho de Madalena
Ousadas muito velhas escrituras de Maria
Premiada fui então por ser digna de pena.
Entre as páginas abertas, a página daquela
Em cada uma que folheio outra me espanca
Renasço todo dia sempre em forma de Flor Bela
De pele reluzente, mas espírito que manca.
Achei-me, muito vivas entre as letras corroendo
De verniz, enxovalhada identidades às traças
Levantei uma garrafa e aos convivas morrendo:
- Pela honra deste amor, bebamos as nossas taças!