Identidade Corroída

Através das prateleiras de uma livraria

Descobri em um volume, acho de Madalena

Ousadas muito velhas escrituras de Maria

Premiada fui então por ser digna de pena.

Entre as páginas abertas, a página daquela

Em cada uma que folheio outra me espanca

Renasço todo dia sempre em forma de Flor Bela

De pele reluzente, mas espírito que manca.

Achei-me, muito vivas entre as letras corroendo

De verniz, enxovalhada identidades às traças

Levantei uma garrafa e aos convivas morrendo:

- Pela honra deste amor, bebamos as nossas taças!

Isabelle La Fleur
Enviado por Isabelle La Fleur em 24/07/2007
Reeditado em 22/09/2007
Código do texto: T577927
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.