ENGENHO

Aos pés

Do velho engenho

Um canavial

De verdes marés.

Este velho engenho

De pensamento e maldade

Cristaliza a dor das ogivas

Do sumo da cana submissa

Em doce açúcar sedutor.

Vai à fervura

O suor, o sangue e a garapa.

Juntos sãos os nutrientes

Para gerir o velho engenho

De alcoólicos sonhos ingênuos.