Paralelo
Não adianta/
A dor fustigar a alma/
A lâmina ferir a carne/
Ceifando a vida/
A censura amordaçar a boca/
Os grilhões extirparem do corpo/
A força da luta/
Se a todo instante nós/
Enquanto o coração pulsar/
Enquanto o sangue correr nas veias/
Procurarmos nos dar as mãos/
Renovando as esperanças da união/
Mesmo nas incontáveis mortes dos dias/
Que a indignação e as injustiças nos imputem/
Se o sonho for a razão de igualdade/
É possível que o amor/
Essa energia transcendental/
Mesmo sob as nossas barreiras individuais/
Sane as feridas/
Repatriando a liberdade/
Aí esse caos/
Não venderá mais a idéia/
De que a paz se compra com bens e metais/
Sobre tudo porque/
São necessários/
Pra se viver a felicidade/ Apenas o bem estar social/