A outra dor
Não deveria existir dor
Ao sol do meio dia
Num dia de setembro
Entre o fim do inverno
E o início da primavera
Não deveriam existir vícios
De linguagem, nem sacrifícios
Deveriam existir ossos firmes
E ócios indefinidos
Não deveriam existir dores
Nem nos dentes e dos entes
Ao sol do meio dia
Num fim de setembro
Entre o derradeiro inverno
E o começo das flores
Não deveria existir dor
Nem palavras tristes
Não deveria.
Milton Oliveira
Setembro/2016