solfejo
o silencio bate
no rabo da sombra
que lhe pergunta
sobre as horas, que
ternura está presente
na face do horror, tormenta
aconchegante de um tédio
que parece inscrito no seio
dessa vida, no vagar das horas
penso em coisas que já não fazem
sentido, mas perturba a vista dessa
terra, vago e vago, encontro uma paragem
tranquila, o sol pulsa como uma moça grávida,
entorno somente o silencio infinito das coisas impossivel
e o barco aceso se basta nessa tarde sentida