solfejo

o silencio bate

no rabo da sombra

que lhe pergunta

sobre as horas, que

ternura está presente

na face do horror, tormenta

aconchegante de um tédio

que parece inscrito no seio

dessa vida, no vagar das horas

penso em coisas que já não fazem

sentido, mas perturba a vista dessa

terra, vago e vago, encontro uma paragem

tranquila, o sol pulsa como uma moça grávida,

entorno somente o silencio infinito das coisas impossivel

e o barco aceso se basta nessa tarde sentida

Andrade de Campos
Enviado por Andrade de Campos em 29/09/2016
Reeditado em 29/09/2016
Código do texto: T5776693
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