AMOR PERDIDO

AMOR PERDIDO

Fernando Alberto Salinas Couto

Como cacos de cristais,

lágrimas brilham na face

da mulher, só, a meditar,

com nostalgia, todos ais,

sua culpa perdendo a chance

que a vida lhe deu de amar.

De amar pois já era amada,

mas julgando-se eternamente

única em mais de um coração,

agora, ao ver-se abandonada,

entende que todo fascinante

tornou-se passado e solidão.

Como Vênus desdenhou o amor

que teve aos pés, no Olimpo,

hoje, chora subjugada à dor,

ciente que perdeu seu tempo.

RJ - 29/09/16

Fernando Alberto Couto
Enviado por Fernando Alberto Couto em 29/09/2016
Reeditado em 08/11/2016
Código do texto: T5776308
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