AMOR PERDIDO
AMOR PERDIDO
Fernando Alberto Salinas Couto
Como cacos de cristais,
lágrimas brilham na face
da mulher, só, a meditar,
com nostalgia, todos ais,
sua culpa perdendo a chance
que a vida lhe deu de amar.
De amar pois já era amada,
mas julgando-se eternamente
única em mais de um coração,
agora, ao ver-se abandonada,
entende que todo fascinante
tornou-se passado e solidão.
Como Vênus desdenhou o amor
que teve aos pés, no Olimpo,
hoje, chora subjugada à dor,
ciente que perdeu seu tempo.
RJ - 29/09/16