velhos coronéis

Velhos coronéis

Quando olho a senadora

Fazendo suas presepadas

Lembro o velho coronel

Cuspindo o fumo mastigado,

Num fim de tarde, perdido

O mando no último pleito...

A senhora plastificada,

Narizinho aquilino, pose

De desespero, perdido o pleito,

Mastiga o fumo cuspido...

Em seu porte arrogante,

Querer-se autoridade... han...

Penso como pode a vedete,

Em sua desfaçatez ameaçar...

Canalhices à parte, rosna,

Com sua moral algemada,

Se não às mãos, à alma.

Lembra um pit bull amarrado

Tentando morder-se à raiva...

Mas ela não é um cachorro,

Na inconsciência irracional...

Acorrentada à sua desnoção

De ser um nada.

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sergio donadio
Enviado por sergio donadio em 28/09/2016
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