MEU REMÉDIO
Eu tô fraquinho e muito pálido, pareço até um desenhado
Estou jogado, não tenho força.
Perdi a graça, nem quero rir
Fico largado na minha rede, olhando o nada no horizonte
A mãe me disse que estou doente,
me deu a canja mas estou sem fome
Já fui ao médico, que receitou,
mas os remédios estão na caixa
Dizem que foi um mal olhado e a benzedeira já me benzeu
Eu não desfaço e deixo assim,
pois ninguém sabe o que sei de mim
O que eu tenho é o que não tenho,
essa doença é mal de amor
Estou sem força por causa dela.
Sumiu daqui e não voltou
Se eu morrer ela vai ver
essa cruela há de pagar
Vou vir nas noites pra visita-la
vou ser fantasma e o seu encosto