METAMORFOSE III

Ah, esses gritos loucos no meio da noite

que cortam firmes como fios de navalhas

São chicotadas que retalham com o açoite

De anjos puros, nós viramos bons canalhas

Mudam tudo e, sem querer, nos transformamos;

sempre com medo das mudanças que se impõem

e em deformados monstros nos tornamos