Feito penugem
Feito penugem
Suave feito penugem
Amolada feito lâmina
Entre as fronteiras do absurdo
Ouvidos surdos
Podem sentir o que sinto.
Entre labirintos me perco
Uma porta se abre
Uma luz.
Tento tocar numa réstia
Entre as frestas da porta
Minhas mãos estão atadas
Mas não mortas.
Esse sopro de vida
Entrou pelos meus poros
Atracou no meu cais.
No vai e vem das marés
A mercê do teu porto
Estou no convés
Mas não estou morto.
Se o barco naufragar
Eu o deixo à deriva
Quando pousar no abismo
Chego à praia vivo.
Tony Bahi@.