Feito penugem

Feito penugem

Suave feito penugem

Amolada feito lâmina

Entre as fronteiras do absurdo

Ouvidos surdos

Podem sentir o que sinto.

Entre labirintos me perco

Uma porta se abre

Uma luz.

Tento tocar numa réstia

Entre as frestas da porta

Minhas mãos estão atadas

Mas não mortas.

Esse sopro de vida

Entrou pelos meus poros

Atracou no meu cais.

No vai e vem das marés

A mercê do teu porto

Estou no convés

Mas não estou morto.

Se o barco naufragar

Eu o deixo à deriva

Quando pousar no abismo

Chego à praia vivo.

Tony Bahi@.

Tony Bahia
Enviado por Tony Bahia em 26/09/2016
Código do texto: T5773030
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