AI AMORES DE MINHA VIDA
Ai céu de minha infância
De encarnado anoitecer
Ai dia feito noite
De barrado a entontecer
Ai dor no meu peito
De saudade a enlouquecer
Ai passos que aqui dei
De criança, o alvorecer
Ai dores em mim
De ausências a embrutecer
Ai infância adormecida
Em minha terra a doer
Ai amores de minha vida
Esta dor me faz morrer.
Passando pela minha terra, São Martinho, em pleno entardecer, quando a noite tomava o lugar do dia. O ocaso trouxe-me lembranças.
Dalva Molina Mansano